Especialistas explicam como superar o luto
A angústia de perder alguém que amamos é, sem dúvida, um dos sofrimentos mais difíceis de lidar. Isso porque a morte nos separa de alguém que fez parte da nossa vida e de tudo o que é importante para nós. É uma dor inimaginável.
Sabemos que a morte faz parte do ciclo natural das coisas. Todos nós nascemos, crescemos, constituímos famílias, nos realizamos pessoal e profissionalmente, envelhecemos e morremos. Essa é a lei da vida. Mas, apesar de sabermos que um dia partiremos e quem amamos também, nenhum de nós está realmente pronto para lidar com este fato.
O que é o luto?
A psicologia entende que o luto é um processo imprescindível e não se trata apenas de superação ou esquecimento, mas de readaptação a uma nova realidade. "Quando a morte ocorre de forma trágica e repentina, tende a causar inúmeras alterações na vida de uma pessoa, acarretando, muitas vezes, prejuízos e alterações, principalmente, no funcionamento emocional e cognitivo", explica Carolini Monte Cavallini, psicóloga da Clínica Vivere.
Um processo adequado de luto varia de seis meses a dois anos, entretanto, a partir do sexto mês já é possível verificar se existem sintomas de depressão. Se possível, os processos de luto devem ser acompanhados por profissionais da saúde. Nunca é demais lembrar que um psicólogo ou um profissional da saúde irá priorizar o acolhimento e a escuta do paciente, no entanto, assim que possível, o tratamento evolui com estratégias como automonitoramento, treino de habilidades sociais, estratégias de enfrentamento e reestruturação cognitiva.
A verdade é que ninguém nasce sabendo lidar com a perda, com a separação, com o fim de uma vida.
A especialista em PNL e coach do Indesp, Luiza Lopes, explica que há cinco fases do luto.
1. Negação: A pessoa sabe o que aconteceu, mas não permite que o sentimento se manifeste;
2. Revolta: A pessoa procura culpados pela perda, às vezes culpa a si mesmo;
3. Barganha: A pessoa tenta negociar, diz que vai mudar, qualquer coisa para que as coisas voltem ao que eram;
4. Depressão: É quando o sentimento de perda realmente aflora, sendo um período de isolamento, e afinal conscientização que a perda é inevitável;
5. Aceitação: A pessoa compreende e aceita o que aconteceu com serenidade e passa a preencher o vazio deixado pela perda.
A especialista em PNL já atendeu diversas pessoas em fase de luto dá ainda três dicas para superar e lidar com a morte:
- Legado eterno: A morte nos separa daqueles a quem amamos, mas tudo o que essa pessoa fez de bom, proveitoso e benéfico para a família, amigos e o mundo ao seu redor continuará eternamente. Esse é um registro que ficará marcado durante todos os nossos dias.
-Lidando com as emoções: A morte acarreta uma série de sentimentos que fazem parte do processo do luto! E o luto precisa ser vivido! Porém se não cuidamos, vamos nutrir emoções maléficas e destrutivas que podem ocasionar doenças como a solidão, a baixa autoestima, o estresse, a depressão e até mesmo o pensamento desencorajamento diante da vida.
Existem duas opções: Mergulhar num lago profundo de dor, tristeza e lembranças dolorosas constantes que podem nos impedir de viver uma vida saudável, causando mal para a nossa mente, corpo ou escolher suportar a dor com a certeza que somos maior do que ela! Ver com um certo otimismo para que possamos ter forças para prosseguir! Isso é aceitar a perda, mas lembrar que a vida continua, que os seus sonhos continuam e que os sonhos daquele que partiu também podem continuar através da sua vida e das suas ações.
- Cultive boas recordações: A pessoa que se foi sempre fará parte da sua vida, da sua história, mesmo não presente fisicamente. Por isso tente cultivar apenas boas lembranças e recordações, isso pode te fortalecer e restaurar a sua fé,
A pessoa que partiu jamais será esquecida, mas é importante ter em mente que qualquer um que já não esteja entre nós gostaria que seguíssemos em frente, que continuássemos nossas jornadas com fé e otimismo, guardando apenas a saudade e a esperança de que a vida vale a pena, mesmo assim.